terça-feira, 8 de julho de 2014

De goleada

O Brasil mostra nas redes sociais a criatividade que não teve em campo. Ainda durante o primeiro tempo contra a Alemanha, o Facebook foi inundado de trocadilhos sobre a avassaladora goleada do time europeu. Perdemos a Copa, mas não a piada.

É da nossa cultura esse morrer de rir até na derrota, a autodetonação que implode dentro de nós mesmos o que há de tristeza, desesperança e desânimo. Bola pra frente que atrás vem gente!

Mas amanhã vem a quarta-feira de cinzas, com a ressaca do que poderia ter sido, a final redentora em pleno Maracanã - que poderá parar na mãos dos eficientes alemães, dos alegres holandeses ou ainda, sina deste mundo, dos hermanos argentinos.

Inédito esse 7x1 sobre a equipe chorosa do Felipão - que num lance de mestre assumiu na coletiva de imprensa a responsabilidade da derrota, honrando assim os parcos cabelos brancos.

Foi a Copa mais cara, mais midiática, mais cheia de mimimi do Brasil. A Copa das Copas, cantada em prosa e jingles pelo governo, pela imprensa e pelo povo. Começou no orgulho ufanista do verde e amarelo e cresceu feito tsunami para arrebentar na praia num caldo inesquecível.

Levanta, gigante, e vamos em frente. É só um jogo de futebol.


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