quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A missão de educar

Hoje assisti a uma palestra sobre a missão de educar os filhos, ministrada por Samanta Obadia, filósofa e psicanalista. Compartilho aqui alguns ensinamentos de valor que ela nos deu.

Educar é uma missão muito maior do que a atividade diária de pai e mãe. Se no passado a estrutura familiar comportava a criança (pai provedor, mãe em casa full time, avós por perto), hoje pai e mãe são provedores e há novos arranjos familiares. Ainda assim, é preciso educar, encontrar tempo para isso. O ser humano precisa do outro para crescer. Nós pais somos como espelhos onde eles buscam se refletir. Por isso, a nossa casa deve ser um meio propício para o filho se educar. Se não tivermos o trabalho e a paciência de funcionar como esse espelho, outros serão - como a mídia, amigos, líderes - e nem sempre boas companhias e modelos. O bebê se comunica numa evolução de mamar - chorar - rir - brincar. E o brincar permanece por toda a infância. Temos que ter tempo para brincar com o filho. E não é ligar a TV, botar pra ouvir iPod e ir cuidar da casa. É usar o tempo com qualidade e interagir com a criança.

É preciso aprender a frustrar o filho. Não é ser cruel, não é só dar limite, é não atender a todas as vontades e caprichos da criança e do adolescente. Pais que trabalham fora o dia todo podem se sentir culpados e compensar essa ausência dando coisas materiais em excesso ou fazendo as vontades do filho. É um erro. Ao tentar deixar o filho feliz o tempo todo - com um quarto que parece um mini apart-hotel, com inúmeros cursos e horas de lazer, com passeios, viagens, consumo, falta de regras para alimentação, rotina e estudo - os pais podem causar o maior dano, que é não possibilitar ao filho a frustração. Sem frustração, não há superação. E sem superação, a pessoa não evolui. Esse papo de "tudo o que eu não tive vou dar ao meu filho" é furado. O filho precisa experimentar a frustração para se superar e construir algo por ele mesmo. Com frustração ele entende o sentido de limite e com limite ele entende e valoriza a autoridade. Um filho criado sem frustração e sem limites não respeita pais, professores, as leis.

Por fim, uma frase que para mim caiu como uma receita simplificada de como cuidar desses filhotes humanos: alimentação saudável + exercício + sol + frustrações e... AMOR!

Para todas as mamães que lerem este post: boa sorte para todas nós nesta complexa missão.

2 comentários:

  1. Adorei!!!! Educar é difícil e dá muito trabalho.
    Aproveitei para ler as postagens anteriores e a
    Monica está uma gracinha.
    Sobre as amigas eternas - a nossa vida é igual ao trem, para na estacão, um monte de gente entra e outras saem, muitas permanecem conosco durante toda viagem, mas a maior parte cumpriu seu tempo conosco e foi pegar outros trens.
    Se não me engano o quadro da Anita Malfati - campo de algodão, vi nO mUSEU em Curitiba.
    Seu blog é gostoso e ler e além do mais sou sua fã desde pequenininha. rs
    beijinhos

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  2. Ei, tia Célia, obrigada por fazer parte da minha viagem. beijo Beta

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